Reflexões sobre o 1º Encontro Público/Privado sobre Cicloturismo em Espanha

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CONFIRA O PROGRAMA I PÚBLICO – ENCONTRO PRIVADO DE CICLOTURISMO NA ESPANHA

A promoção da utilização da bicicleta no nosso país como meio de transporte nas cidades está cada vez mais em saúde, como mostram os dados do último Barómetro da Bicicleta 2017 elaborado pelo Rede de cidades para bicicletas. A este facto deve acrescentar-se que O ciclismo já é o desporto mais praticado no nosso país (38,7%), como se pode verificar no último “Inquérito sobre Hábitos Desportivos” elaborado pelo Ministério da Educação, Cultura e Desporto em 2015.

No entanto, embora Espanha seja o segundo país que mais turistas recebeu no mundo durante 2017, as oportunidades oferecidas pela promoção do cicloturismo não foram plenamente aproveitadas. E, embora seja verdade que já estão a ser desenvolvidas iniciativas públicas e privadas bem sucedidas neste sentido, o pontos fracos do que o último estudo “O Impacto Económico do Cicloturismo na Europa. Síntese dos principais estudos realizados. 2014” (realizado pela FFE – Vías Verdes com o apoio do Ministério do Desenvolvimento e Habitação do Governo da Andaluzia) lançou sobre o nosso país:

  • Falta de estrutura de mercado. Pouco envolvimento dos operadores turísticos e fornecedores de cicloturismo.
  • Falta de rotas e redes de longa distância de qualidade.
  • A Eurovelo, embora tenha um potencial considerável, não aparece nos ativos turísticos.
  • Pouco conhecimento por parte das entidades promotoras e postos de turismo.
  • Os promotores das ciclovias são os departamentos de transportes ou de desporto, e é difícil para os departamentos de turismo envolverem-se na sua promoção e marketing.
  • Adaptação do alojamento às necessidades dos cicloturistas.
  • Falta de políticas a favor do uso da bicicleta e da promoção do cicloturismo, e de coordenação entre elas.
  • Rede de infraestruturas cicloviárias muito mal definida, com uma oferta turística dispersa, tanto em produtos como em infraestruturas.

Todos estes aspectos realçam a necessidade de analisar estas e outras fraquezas e tirar conclusões com o objectivo de ajudar a estruturar o produto cicloturístico do nosso país de forma coordenada entre os diferentes territórios, administrações e agentes económicos envolvidos. E ainda mais quando, desde a redação do Plano Estratégico Estadual de Bicicletas (PEEB) Já se considera a necessidade de contar com todos estes agentes para moldar o capítulo específico do cicloturismo que irá gerar o maior retorno socioeconómico de futuros investimentos e políticas de promoção do uso da bicicleta.

Neste contexto, o próximo No dia 22 de março, será realizado em Sitges o primeiro encontro público/privado de cicloturismo realizado na Espanha. Um espaço de reflexão e debate sobre políticas ligadas ao setor onde enfrentar conjuntamente os desafios e oportunidades do setor. Os principais objetivos sobre os quais este evento se concentrará são:

  • Promover e promover um espaço permanente de divulgação, partilha e debate entre profissionais e empresas para analisar a situação e o futuro do setor do cicloturismo em Espanha.
  • Através deste tipo de espaços, divulgar experiências e projetos com o objetivo de aprofundar o papel do cicloturismo num futuro próximo.
  • Promover a colaboração público-privada (tentando fortalecer o tecido empresarial local) para promover o desenvolvimento de políticas relativas ao cicloturismo.
  • Incentivar o talento através do estabelecimento de sinergias entre empresas, espaços de conhecimento e outros territórios.

Este espaço é alimentado por AMBE (Associação de Marcas de Bicicletas de Espanha) e terá a colaboração de Grupo amigo da bicicleta e o apoio de ambos Diputación de Barcelona como Câmara Municipal de Sitges.

23 de março de 2018 – Sitge. Reflexões e conclusões

Grupo de Trabalho A: Dificuldades de Marketing

Moderador: Luis Poch, CEO da Bikefriendly Tours

Problemas e/ou objetivos expressos numa primeira apresentação:

  1. Nuria Salas (Consorci Enoturisme Penedés): Falta de capacidade nos alojamentos existentes.
  2. María Belén Malina (Tour de trilhas). Falta de estudos diagnósticos atualizados.
  3. Laura Kalberg (Rioja Tours): O idioma como ponto fraco no recrutamento internacional.
  4. Marcos Sufrategui (Rioja Tours): O idioma como ponto fraco no recrutamento internacional.
  5. Marta Castillo (Servigroup): Dificuldade em recrutar fora do raio de proximidade de um aeroporto internacional.
  6. Aleix Pla ((Pierre & Vacances): Falta de conhecimento quando se trata de querer se especializar.
  7. Paula Ramírez (Baix Ebre Avant): Objetivo de organizar e especializar o setor privado.
  8. Cristian Herrero (Mas Boronat): Criar um destino como objetivo.

Rodada aberta: Problemas agrupados por setor

TT.OO.

Um problema atual por parte do TT.OO é colocado em cima da mesa. e/ou recepcionistas locais quanto ao contato direto do cliente final com o hotel e a perda de relacionamento entre o hotel e a recepcionista local como intermediária com o cliente final.

Após diversas intervenções, as conclusões resumem-se no facto de actualmente o TT.OO. Deixa pouco espaço, por isso o alojamento procura formas diretas de contactar o cliente final e a era da Internet facilitou muito esse contacto direto.

Dificuldade de incorporação do produto cicloturístico no TT.OO. generalistas, demonstram muito interesse, mas têm pouco conhecimento do que implica a formação.

Falta de conteúdo que agregue valor ao produto.

Receptivo Especializado

Do ponto de vista receptivo especializado, manifesta-se o problema da disponibilidade hoteleira. O cicloturismo como elemento dessazonalizador tem o problema de que fora da temporada há menos espaços hoteleiros abertos. Por outro lado, a procura dos clientes por produtos de cicloturismo concentra-se por vezes em viagens itinerantes, pelo que alguns hotéis não estão dispostos a oferecer apenas uma noite.

Dificuldade em enfrentar custos de marketing como uma pequena empresa local. Por isso, atraem atualmente 95% dos seus clientes online.

Territorio

O problema que pode surgir para as empresas terem a mesma cota para pertencer a um selo de qualidade (é nomeado o Selo da Agência Catalã de Turismo), sejam grandes ou pequenas empresas.

Problema de falta de leitos em determinados territórios ou épocas do ano.

Os técnicos sofrem com a visão de curto prazo da administração pública.

Corte departamentos para poder gerar seu próprio conteúdo. A possibilidade de contratação externa para geração desse conteúdo é levantada pela administração pública.

Há necessidade de fundos para a realização de determinados projectos e há uma dificuldade significativa na obtenção de fundos comuns para o desenvolvimento de uma rota que atravessa vários territórios.

Alojamento

Dificuldade em encontrar receptivos locais especializados para prestar atendimento aos seus clientes

conclusões finais

Após cerca de uma hora de um interessante debate sobre as dificuldades que os diferentes sectores encontram na promoção-marketing dos produtos cicloturísticos, resumem-se vários factores comuns que podem fornecer soluções para a maioria dos problemas levantados:

La especializaçãoComo mais-valia, resolve o possível problema de relacionamento entre o cliente final, o alojamento e os hóspedes locais que chegam.

Colaboração público-privada para a geração de destino cicloturístico.

Colaboração público-privada, público-pública, privado-privada, para cobrir os custos de promoção e marketing a nível internacional.

Desafio colocado para futuras reuniões:

Como grande parte dos problemas são resolvidos com a colaboração público-privada (em todas as suas variantes), o desafio de definir uma estrutura organizacional que permita a articulação do trabalho colaborativo em nível nacional.

 

Grupo de Trabalho B: Produto e Infraestrutura

Moderador: Sergio Serna, Diretor Geral do Bikefriendly Group

No nosso grupo de trabalho foi abordado um debate sobre Qual deve ser o “Roteiro” para construir produtos de Cicloturismo de qualidade? Este debate centrou-se na possível geração de um roadmap ou similar para recomendar aos agentes públicos e privados como construir um produto competitivo.

Depois de uma série de intervenções interessantes onde foram abordados grandes desafios, como a necessária unificação das regulamentações no domínio do turismo activo ou a necessidade de cumprimento pelos próprios actores das regulamentações que nos vinculam, o referido itinerário de construir um Produto Cicloturístico competitivo;

  1. Diálogo Público-Privado; O itinerário deve começar por sentar os diferentes atores de um território numa mesa onde possam combinar interesses e expectativas.
  2. Aposte na Especialização; Cada território tem as suas particularidades, um ambiente natural, uma topografia e até uma capacidade hoteleira que deve ajustar-se às características da procura. Os casos de sucesso analisados ​​baseiam-se em grande parte na seleção adequada da especialização no universo das bicicletas. Enduro, Downhill, Trilha, Estrada, Família….
  3. A infraestrutura; Esta parte foi muito enriquecedora pois foi abordada sob diferentes perspectivas; segurança, informativo...Nesse sentido, refleti sobre como, apesar das novas ferramentas, ainda é necessário um esforço adequado de sinalização, a isso devemos acrescentar a limpeza de estradas e rodovias, a eliminação de pontos negros ou a necessidade de ter hotéis adaptados foram pontos-chave.
  4. Serviços complementares; Neste ponto houve unanimidade na exigência de que a oferta do Ciclo Turístico exija serviços adicionais que lhe confiram valor acrescentado; Traslados, Gastronomia, Peças de Reposição e Reparos, Serviços de Saúde...foram alguns dos pontos discutidos.
  5. Estratégia de marketing; Uma compressão adequada da procura exige uma concepção atrativa do produto que se constrói a partir da identidade do próprio território, onde deve mesmo ser criada uma marca atrativa que dê mais visibilidade ao produto.
  6. Merchandising; Esta última seção foi considerada a mais importante. Aproveitar todos os canais online e offline é essencial para tornar os produtos acessíveis ao consumidor final.

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